O termo consciência negra, veio para enfatizar a luta do povo preto, ganhando notoriedade na década de 1970 no Brasil, justamente em razão da luta de movimentos sociais que atuavam pela igualdade racial, como o Movimento Negro Unido. A data pede reflexão, pois foram mais de 300 anos de escravidão de um povo que foi e ainda é inferiorizado.
Hoje, mesmo que os negros tenham ganhado mais espaço na sociedade, dados comprovam que menos de 5% dos trabalhadores pretos têm cargos de gerência ou diretoria. O levantamento de dados da Vagas.com revela que a maioria dos pretos e pardos ocupam posições operacionais (47,6%) e técnicas (11,4%) – percentuais superiores aos relatados por brancos, indígenas e amarelos.
Já em cargos de diretoria, supervisão/coordenação e de senioridade, de alta e média gestão, apenas 0,7% têm cargos de diretoria, enquanto entre brancos, indígenas e amarelos, essa proporção é de 2%.
Dessa forma, o termo veio como um símbolo da luta, da resistência e a consciência de que a negritude não é inferior e que toda pessoa preta tem seu valor e seu lugar na sociedade.