O Brasil apresentou ano ao governo argentino uma proposta de acordo de livre-comércio no setor automotivo. "Caminhamos para o livre-comércio no setor automotivo dentro do Mercosul. As condições estão dadas", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, apontando na postura liberal do novo governo argentino para costurar a proposta. No ano passado, um acordo liberando o comércio automotivo foi assinado com o Uruguai.
A proposta de livre comércio no setor automotivo feita pelo governo brasileiro à Argentina segue sem resposta definitiva por parte do governo do país vizinho. Embora os hermanos já tenham demonstrado "ver com bons olhos" a iniciativa, o governo argentino ainda considera que faltam algumas condições fundamentais para que o acordo possa ser firmado definitivamente.
De acordo com o ministro de Produção da Argentina, é necessário haver uma maior integração produtiva entre os dois países, sobretudo no que tange a harmonização no setor de autopeças.
Embora ainda não haja uma definição sobre o tema, o cenário de um aumento na relação bilateral entre as duas principais potências do continente sulamericano é visto com otimismo. Tal expectativa se deve à eliminação das chamadas Declarações Antecipadas de Importação, promovida pelo novo presidente do país - Maurício Macri. A medida substituiu o antigo modelo por um sistema mais simples que prevê licenças automáticas para a maior parte dos itens importados.
Em tese, o novo modelo beneficia a indústria automotiva, ao passo que todas as fábricas de veículos instaladas na Argentina dependem de componentes comprados no Brasil.
Fonte: Estadão/Jornal Novo Varejo