Viajar de carro até países vizinhos, como o Uruguai e o Paraguai, é comum entre os brasileiros, ainda mais quando a intenção é comprar produtos. Apesar de os preços muitas vezes serem mais baixos, nem tudo pode ser levado da viagem. Comprar pneus fora do Brasil, por exemplo, é uma prática ilegal.
Atualmente, a fiscalização está cada vez mais rigorosa na fronteira, sendo que, dependendo da situação, o veículo pode ser apreendido ao tentar voltar para o país de origem com determinados produtos.
Isso acontece porque o turista terá que pagar a taxa de importação se quiser entrar com o pneu como se fosse uma mercadoria, o que torna a compra menos vantajosa economicamente. No Paraguai, por exemplo, ao ser pego na fronteira, é possível fazer a legalização mediante o pagamento da alíquota de importação, que pode chegar a até 50% do valor do produto na nota fiscal.
Além do sério risco de enfrentar problemas na fronteira, o motorista não tem informações sobre a procedência do produto, tampouco qualquer garantia para o caso de precisar trocá-lo.
“Além da garantia e da segurança dos passageiros, comprar um pneu nacional em um local de confiança vale mais a pena do que se arriscar a pagar menos, sendo que a própria viagem até a fronteira já pode não compensar os gastos”, afirma Carlos Molina, diretor do e-commerce KD Pneus.
Um dos golpes que têm sido aplicados é fazer uma roupagem para um pneu velho e vendê-lo como novo. A finalidade é óbvia: ganhar dinheiro em cima de quem não percebe o truque e quer economizar.
Ao comprar um pneu sem certificação e de baixa qualidade, o motorista está colocando em risco o próprio carro e todos os passageiros. Há chances, por exemplo, de o pneu ficar careca mais rapidamente e até estourar. No final das contas, o consumidor precisará comprar um novo pneu para repor este danificado, gerando mais custos.
Fonte: Jornal Reposição