A matéria a seguir é uma reprodução do blog da Nakata. O link para a matéria original está no fim do texto.
A direção elétrica está conquistando a frota nacional. Hoje, encontramos o sistema em muitos veículos, desde os compactos até os utilitários. Sua grande vantagem é usar uma caixa mecânica, com poucas alterações, mas os grandes problemas são a complexidade e a fragilidade dos componentes eletroeletrônicos.
O mecânico também precisa ficar muito atento com a conexão que existe em diversos modelos, da direção com os sistemas de segurança e conforto, como o controle de estabilidade, compensação de ventos laterais, alerta de saída de faixa, detector de fadiga do motorista, estacionamento automático, entre outros recursos.
No Brasil, é comum encontrarmos três tipos principais dessas direções: com o motor na coluna, no eixo do pinhão ou na cremalheira.
Os defeitos comuns
As condições do piso e as temperaturas extremas acabam exigindo muito dos veículos. Na direção elétrica alguns problemas são recorrentes. Nos modelos com o motor na coluna, são comuns as quebras dos coxins ou acoplamentos, gerando ruídos na região do painel.
Carros e utilitários que usam o motor na cremalheira costumam apresentar danos graves provocados pela entrada de água, algo comum nas enchentes das grandes cidades ou nas estradas rurais. Essa sujeira acelera o desgaste dos componentes metálicos e, muitas vezes, acaba queimando o motor elétrico.
As falhas complicadas
As direções também podem apresentar uma série de problemas elétricos, eletrônicos ou até erros no software de controle. Nessa área, todo cuidado é pouco! É preciso dominar a tecnologia, contar com todos os equipamentos de diagnóstico (scanner, osciloscópio, entre outros) e seguir os parâmetros da montadora.
Muitos carros usam em seu sistema eletroeletrônico a chamada rede CAN (Contoller Area Network). É uma tecnologia ótima para simplificar o chicote e reduzir o número de conectores. Mas é preciso ser um especialista: quem mexe sem conhecer pode provocar um grande estrago.
Nos veículos atuais, é comum a direção elétrica trabalhar integrada com sensores localizados no motor, nos freios, no painel e até nos para-choques, além de contar com seus próprios componentes eletrônicos. Também depende do funcionamento correto do alternador, bateria, chicote, caixa de fusíveis e conectores.
Por todas essas razões, os diagnósticos de falhas eletroeletrônicas costumam ser demorados e, muitas vezes, um único defeito pode ter mais do que uma causa. Como alguns itens são bem caros, a começar pelo motor elétrico, nunca faça uma troca antes de ter a certeza absoluta sobre a origem do problema.
A calibragem final
Depois de finalizar um reparo na direção elétrica, outro cuidado é refazer a calibração do sistema com o scanner. Atualmente, é comum encontrarmos veículos nas oficinas com problemas de dirigibilidade causados pela falta dessa verificação. A seguir, faça um teste de rodagem para ter a certeza de que tudo ficou perfeito.
Matéria original/crédito: https://blog.nakata.com.br/coluna-de-direcao-eletrica/