A maioria das pessoas já ouviu dizer que, quase como um chef de cozinha, cada bom vendedor tem seus próprios truques e raramente os revela a fim de manter seu diferencial no mercado.
Com o avançar das ciências do marketing, entretanto, desenhou-se a tendência capazes de produzir encantamento no consumidor das mais diversas áreas deixe rapidamente de se concentrar na mão de poucos, para circular entre todos os vendedores devidamente treinados e atualizados.
Um dos grandes pilares dessa mudança de paradigma é representado pelo improvável casamento da neurociência com o marketing - o hoje chamado neuromarketing.
Surgida na década de 1990 na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a união tinha o objetivo inicial de desvendar os mistérios dos processos de decisão dos seres humanos por meio da análise dos estímulos produzidos pelo cérebro no momento de uma escolha, com o objetivo de revelar aquilo que as pessoas 'não sabem que sabem'.
No entanto, logo nos primeiros anos de pesquisa os cientistas chegaram à conclusão de que a questão central não estava nas 'coisas do saber', mas definitivamente nas 'do sentir'.
Tal conceito foi formulado a partir da constatação de que a área do cérebro que apresentava maior atividade durante o processo de decisão era a do chamado 'cérebro eptiliano', região primitiva de nossa massa cinzenta.
"Essa parte do cérebro, responsável pelos nossos sentimentos e que é totalmente pré-verbal, tem mais de 500 milhões de anos. Enquanto a nossa região cognitiva tem apenas 4 milhões. Isso mostra quão mais desenvolvidos são nossos aspectos emocionais em comparação aos racionais", afirma o diretor da Salesbrain, empresa que lidera o mercado mundial em neuromarketing, Renato Sneider.
Fonte: Novo Varejo