O setor de carros importados também vem registrando maus resultados no mercado brasileiro. As dezoito marcas filiadas à Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) comercializaram 2.650 unidades importadas no mês de dezembro, o que representa um crescimento de 0,4% em relação ao mês anterior, quando 2.639 exemplares foram vendidos. Mas em comparação com novembro do ano anterior, houve uma retração de expressivos 33,4% (3.976 carros importados foram às ruas em novembro de 2015). Trata-se do segundo pior mês de 2016 para o setor – o primeiro foi outubro, com 2.639 unidades.
De janeiro a novembro, o setor chegou a 32.516 unidades emplacadas. Esse volume traduz uma queda de 40,9% em relação aos 55.057 veículos comercializados nos primeiros onze meses do ano anterior.
“No conjunto das marcas associadas à Abeifa, em novembro poderíamos ter obtido um resultado melhor. As marcas de volumes mais significativas não puderam nacionalizar seus produtos porque já estouraram suas respectivas cotas anuais. E, hoje, vender fora da cota proporcional ou do limite de 4.800 unidades por ano é inviável. Significa ter prejuízos. Por isso, vamos fechar o ano com cerca de 35,5 mil unidades contra 59.975 veículos comercializados em 2015, ou seja, com queda de 40,8%”, argumenta José Luiz Gandini, presidente da Abeifa.
Ainda de acordo com o executivo, é preciso haver o fim dos 30 pontos percentuais no IPI para carros importados, visando recuperar especificamente o setor. “Mas, por ora, solicitamos ao menos a liberação das cotas não utilizadas por outras marcas. Com esta alteração não há benefícios fiscais, pois as cotas existem e não estão sendo utilizadas por algumas marcas que perderam seu canais de distribuição ou encerraram suas atividades ou até foram descredenciadas do Inovar-Auto, portanto sem qualquer renúncia fiscal. Com esta simples alteração, não corremos o risco de gerar mais desemprego no setor com o fechamento de mais concessionárias e com certeza aumentaremos nossos recolhimentos de tributos aos cofres públicos”, enfatiza Gandini.
As marcas associadas à Abeifa que também têm produção nacional registraram boas vendas no mercado brasileiro. No mês de novembro, a BMW, Chery, Land Rover, Mini e Suzuki fecharam com 1.138 unidades vendidas, ou 10,2% a mais que no mês anterior.
Em comparação com o mesmo mês do ano anterior (quando foram emplacadas 1.569 unidades), houve expressiva queda de 25,7%. Já no acumulado, essas cinco marcas totalizaram 10.840 exemplares, o que representa uma diminuição de 71,8% em relação aos onze primeiros meses de 2015 (neste período, a Jaguar Land Rover e a Mini não produziam no País). Parte desta queda se justifica pela produção do Renegade, da Jeep, que antes era associada à Abeifa.
Considerando apenas os veículos importados, as marcas associadas à Abeifa registraram participação de 1,52% no mercado interno no mês de novembro e de 1,81% no acumulado do ano. Já com os importados e nacionais, esses números foram de 2,18% e 2,43%, respectivamente.
Fonte: Notícias Automotivas