Pagar menos de R$ 20 mil em um carro que sai hoje a quase R$ 40 mil, ou nem R$ 50 mil em um que não sai da concessionária por menos de R$ 78 mil. Esse poderia ser o cenário, caso não houvesse uma carga tributária tão pesada sobre os veículos no Brasil. Mas, por enquanto é apenas um sonho.
Entretanto, se fossem deduzidos o custo de produção, o chamado 'custo Brasil', que envolve insumos, energia, mão de obra, logística, e outros gastos operacionais; e a margem de lucro das montanhas, os preços poderiam ser ainda menores.
Embora não sejam divulgada pelas marcas, um estudo divulgado pelo Sindipeças (Sindicato dos Fabricantes de Autopeças) e replicado pelo blog O Mundo em Movimento sugere que a margem de lucro alcance 10% do valor cobrado ao consumidor.
A porcentagem fica acima da média mundial (5%) e da cobrada nos Estados Unidos (3%).
De acordo com o mesmo levantamento, o custo de produção do veículo no país equivale a 58% do preço final do automóvel. Ou seja, abaixo da média (79%) e dos EUA, que salta para 88% a 91%.
Segundo o ex-presidente da Anfavea (Associação dos Fabricantes de Veículos), Luiz Moan, os impostos, entre os quais estão ICMS, PIS/Cofins, IPI, IOF, Cide, INSS, ISS, representam de 37,2% a 54,8% do preço cobrado pelos automóveis feitos em solo brasileiro.
Já nos modelos de fora há também a incidência do IPI majorado em 30%, do imposto de importação de 35%, com exceção das unidades produzidas no Mercosul e no México, segundo acordo comercial entre os governos, das taxas aduaneiras e do frete de importação.
Fonte: Jornal Brasil Peças