Eugênio Augusto Brito e Leonardo Felix
Do UOL, em Tóquio (Japão) e Mendoza (Argentina)
A Toyota começa a apresentar, nesta quinta e sexta-feira (5 e 6), em Mendoza (Argentina), a nova geração da picape Hilux para o mercado brasileiro. Fabricada desde outubro em Zárate (a 90 quilômetros de Buenos Aires), o modelo só deve ter sua operação de entrega às lojas nacionais coloca em carga plena em janeiro. UOL Carros adianta, do Japão, a principal característica do novo modelo: andar suave como carro de passeio.
Os preços para o Brasil acabam de ser divulgados: houve redução no total de versões (de dez para seis), com aumento de preços (11% na versão chassi com cabine simples, de entrada e voltada ao trabalho; 3% na versão topo de gama, com cabine dupla). Configurações e valores são os seguintes:
- Hilux 4x4 D/C Chassi 2.8 TDI (seis marchas manual): R$ 114.860
- Hilux 4x4 D/C Cabine Simples 2.8 TDI (seis marchas manual): R$ 118.690
- Hilux 4x4 D/C STD 2.8 TDI (seis marchas manual): R$ 130.960
- Hilux 4x4 D/C SR 2.8 TDI (seis marchas automático): R$ 162.320
- Hilux 4x4 D/C SRV 2.8 TDI (seis marchas automático): R$ 177.000
- Hilux 4x4 D/C SRX 2.8 TDI (seis marchas automático): R$ 188.120
Mudanças de plataforma e acabamento, mas principalmente de motor (sobretudo a unidade a diesel), câmbio e suspensão são responsáveis pela mudança de hábito tanto da Hilux, quanto do SUV derivado SW4, que agora tem visual divergente em relação à picape e será apresentado ao brasileiro ao longo de 2016. Ambos foram desenvolvidos pela equipe da Toyota da Austrália/Ásia (Tailândia e Indonésia) e lançados globalmente no começo deste segundo semestre.
"Nossa principal preocupação no desenvolvimento da nova geração da Hilux, como também do novo SW4, foi como melhorar a dirigibilidade e a sensação de conforto a bordo da cabine", explicou Hiromi Nakajima, gerente de produto da Toyota, em entrevista exclusiva durante evento paralelo ao Salão de Tóquio. "Conseguimos deixar o motor [a diesel] mais suave e reduzir a sensação de que o conjunto está batendo, aquele ruído perceptível mesmo em baixas rotações", completou.
Esta sensação contribui, ao longo de uma viagem, para maior cansaço do motorista. É também um dos pontos baixos de picapes e SUV montados sobre chassis, que cada vez mais perdem espaço para modelos monobloco. O ponto da discórdia foi sempre a falta de capacidade de carga dos últimos, mas os números de vendas têm provado que -- tirando empresas da conta -- cada vez menos consumidores ligam para força no reboque ou no uso de tração em trilhas (o número esbarra em 98%).