Anualmente, no Simpósio de Motores de Viena, reúne a indústria automotiva para mostrar os avanços técnicos e as novidades em mecânica. Entre as grandes e esperadas novidades estava o novo motor 1.0 TSI movido a gás natural veicular (GNV), da Volkswagen.
O motor batizado de 1.0 TGI, é o mesmo motor 1.0, 3 cilindros da Volks com turbo e injeção direta, mas agora preparado para queimar gasolina e GNV.
Os números de desempenho e autonomia ainda não foram divulgados, mas a montadora disse que não há perda de potência, rendendo os mesmo 90 cv da versão a gasolina disponível na Europa.
O GNV sem dúvidas é menos poluente que a gasolina, já que emite 76% menos CO2 e pode ser obtido por fontes não-fósseis, como descarte da agricultura e meios sintéticos. Porém o catalisador, que precisa utilizar metais nobres para neutralizar poluentes, precisa aquecer com rapidez para ser eficiente.
Para diminuir ainda mais as emissões de CO2 e NOx, o motor queima apenas o gás na partida, diferentemente dos modelos de injeção convencional que precisam de 15 a 30% de gasolina para ligar o motor.
Isso só é possível pelo sistema chamado "lambda split". Dois dos cilindros do motor receberão mais gás quando o motor ainda estiver em ponto morto, o que vai acelerar o aquecimento do catalisador e estabilizar a mistura ar-gás.
Ao mesmo tempo, a sonda lambda é aquecida eletricamente. Deste modo, fará a leitura da queima do motor em até 10 segundos, mesmo havendo umidade no escapamento.
De acordo com a Volkswagen, o 1.0 TGI poderá ser usado em qualquer carro compacto do grupo Volkswagen. Desde que tenha espaço no porta-malas para o cilindro de GNV.
Fonte: Revista Quatro Rodas.