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Qualificação de pessoas, sem dúvida!

“Eu não invisto na qualificação do meu funcionário porque depois ele sai da empresa e se torna meu concorrente”. Essa foi a resposta que o consultor do Sebrae Paulo Henrique Abreu ouviu quando sugeriu a um cliente elaborar um programa de qualificação na empresa para reduzir os problemas que ele enfrentava com a mão de obra na empresa.

Por mais chocante que possa parecer – e é -  existem ainda empreendedores que  não conseguem dar a devida importância ao treinamento e capacitação da equipe e a encaram como custo ou “bondade”.

Objetivamente, Paulo usou vários argumentos para mostrar que a qualificação da equipe traz um custo benefício muito favorável para a empresa.

“O colaborador qualificado vai custar menos pra empresa porque ele desperdiça menos, ele vai ser aquele que tem a capacidade de inovar, portanto vai ser capaz de multiplicar o investimento que feito na capacitação”.

• A qualificação como princípio

Capacitar colaboradores é ação que deve ser praticada naturalmente, desde o primeiro dia de trabalho na empresa. Orientar sobre procedimentos e técnicas, oferecer algum tipo de material informativo como manuais, colocar um colaborador mais antigo para atuar junto com o mais novo, tudo isso indica que o conceito de qualificar faz parte da cultura da empresa.

Evidentemente não basta. É necessário criar um programa permanente de qualificação como recurso para crescer no mercado e, no plano subjetivo, estabelecer relações de confiança no ambiente de trabalho.

Afinal, que dono de empresa pode se sentir pleno para exercer sua potência empreendedora se a toda hora tem de se preocupar com as pessoas que contrata justamente para ter tempo de cuidar das estratégias da empresa?

Claro, capacitação tem custos e precisa ser incluída nos objetivos e no planejamento da empresa. Para isso, a consultora do Sebrae Vani Kenski, especialista em recursos humanos, elaborou um pequeno roteiro que auxilia a implantar um conceito de qualificação permanente de acordo com as condições objetivas da empresa, financeiras e de disponibilidade de pessoal.

Dica 1: Saiba quais as competências que podem ser melhoradas na sua empresa, para que seus funcionários tenham um melhor desempenho.

Dica 2: Verifique quais cursos poderiam ser oferecidos para os seus funcionários, para que eles possam ser melhores no seu trabalho, ou para que eles possam assumir outros cargos mais especializados.

Dica 3: Escolha quais os funcionários que você quer que assumam postos-chave e invista no desenvolvimento deles.

“A preocupação inicial deve estar em definir quais os treinamentos e outras formas de capacitação que podem ajudar na melhoria do negócio e quais as pessoas em quem investir para serem capacitadas. Desde o princípio, também, uma ideia deve estar na mente do empresário: como serão aproveitados os profissionais capacitados”, diz Vani.

Dessa forma os melhores podem fazer os treinamentos e se tornarem os líderes que irão capacitar os demais.

O consultor Paulo Henrique Abreu aposta nos líderes como pessoas capazes de multiplicar os conhecimentos internamente otimizando os recursos investidos em capacitação.

“A visão de formar multiplicadores internos vai fortalecer a ideia do intraempreendedorismo. O líder vai se sentir ele mesmo um empreendedor e multiplicar conceitos de desenvolvimento e de inovação para a empresa”.

O importante deve ser o foco do que se espera conseguir com a capacitação. Por exemplo, a implantação de novo produto ou serviço, melhoria da qualidade, ampliação da estrutura organizacional, profissionalização dos processos, ou implementação de novo software de gestão.

Implantação e Desenvolvimento

Para dar foco e direcionar o programa de capacitação da empresa, a especialista em gestão de pessoas Vani Kenski  sugere a elaboração de um formulário para levantar as necessidades de capacitação dos membros da equipe, com nome, habilidades necessárias e avaliação das necessidades de cada um.

A partir das informações desse formulário podem ser definidas as capacitações necessárias e como elas podem ser feitas: internamente, por meio de colaboradores mais antigos ou  em cursos oferecidos pelo mercado.

 “O passo seguinte é oferecer a capacitação agregada a formas de aproveitar internamente as pessoas capacitadas, sob a forma de promoção ou realocação, para postos em que elas tenham autonomia de implementar os novos conhecimentos em benefício da empresa”

Vani alerta que os investimentos em capacitação devem sempre estar atrelados ao planejamento do negócio e, nunca, serem vistos como recompensa aos bons funcionários, “pois eles esperam outras recompensas, que virão após o investimento na capacitação”.

Fonte: Papo de Especialistas

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