Você com certeza já deve ter ouvido falar na Curva ABC, ela é muito utilizada com a finalidade de gerenciar as prioridades de uma empresa, ou seja, funciona como um método de classificação que permite a ordenação das informações quanto ao grau de importância.
Ela desenvolve uma ordem de prioridades de forma a sobrepor os itens que mais agregam valor para a empresa. Dessa forma, a curva é dividida em três regiões, A, B e C, sendo a “A” a de maior valor e a “C” a de menor. Convidamos o Jorge Luiz Rocha, do setor de produtos da empresa Barros Autopeças, para falar mais sobre o assunto.
P: O que significa a Curva ABC?
R: A curva ABC é um estudo desenvolvido pelo consultor da área de qualidade chamado Josefh Juran, que identificou que 80% dos problemas geralmente são causados por 20% dos fatores.
Também conhecida como Análise de Pareto, é um nome dado em homenagem ao economista italiano Vilfredo Pareto, que em seu estudo observou que 80% da riqueza da Itália estava nas mãos de apenas 20% da população.
Uma boa parte do entendimento da Curva ABC deve-se à essa análise desenvolvida por Pareto.
P: Quais seus objetivos?
R: O uso mais comum da curva ABC, geralmente se dá no gerenciamento de estoques, a fim de realizar um controle mais apurado dos produtos em estoque e, também, buscar a redução de custos sem comprometer o nível de atendimento ao cliente. Seu objetivo é auxiliar na classificação dos itens em estoque de acordo com sua importância relativa.
A curva ABC também pode ser usada em outras partes dentro da sua empresa, como para identificar fornecedores mais importantes, identificar melhores clientes e até mesmo para identificar os problemas mais comuns à sua empresa, entre muitos outros.
P: Como ela pode ser eficaz para a empresa?
R: Uma curva ABC bem apurada irá definir critérios de prioridades dentro da empresa, evitando os desperdícios e criando condições favoráveis para tomada de decisão.
P: Como identificar a curva ABC?
R: Para identificar uma análise ABC é necessário uma tabela com participação de cada item na receita total da empresa, e assim estabelecer os critérios de avaliação.
Por exemplo, quais itens representam 80% da receita (A), os 15% (B) e os últimos 5% (C). Neste caso, normalmente, os primeiros 20% dos itens da lista são responsáveis por aproximadamente 80% da margem de lucro da empresa, ou seja, a curva A. Para uma empresa com uma lista de ações de 100 itens diferentes, isto significa que devemos prestar mais atenção para os 20 itens que vão ser responsáveis pela lucratividade.
Portanto, a curva ABC pode ser um bom potencial para otimizar o processo de decisão da empresa. Vale ressaltar que os itens que apresentam maior faturamento nunca devem estar em falta na empresa, pois precisam ser tratados como prioridade. Organize a sua Curva ABC e entenda melhor a gestão para a empresa que trabalha.